Em dois mil e vinte e um é um ano não só de crescimento, mas também de ressurgimento da indústria da construção, após o ano passado ter sido turbulento, com ajustes nas previsões e mudanças de expectativas.
A escassez de mão de obra e os crescentes custos de construção persistem e desafia a indústria em busca de inovação e soluções mais competitivas. Somado a isso, com as regulamentações mais exigentes, impactam na necessidade de redução de erros e desperdício.
Com a COVID-19, a indústria da construção precisou mudar a forma de fazer negócio, desde a reunião com clientes até o fechamento do contrato e início de projeto, com a contratação de trabalhadores e reuniões, todas as áreas foram impactadas e precisaram ser revistas.
A partir da pandemia, todas as tendências da área de engenharia e construção continuarão a ser afetadas. Novas tecnologias para o canteiro de obras terão que ser criadas, para melhorar o ganho dos projetos e aumentar o lucro.
Novas tendências surgem, e muda a maneira dos profissionais se comportarem, visando a contenção do contágio da COVID-19, principalmente os profissionais que atuam na linha de frente.
Toda essa mudança faz com que haja mais competitividade, e aproveitar as inúmeras tendências que surgem, deve ser considerado por toda empresa que atua na área de construção.
A pandemia tem impactado muito a indústria da construção, trazendo diretrizes no canteiro de obras, através de uma regulamentação que determina a limpeza e os protocolos de segurança, no acesso dos colaboradores ao canteiro de obras, por exemplo. Aumenta também a influência dos órgãos que fiscalizam e garantem os direitos desses profissionais.
Tudo isso traz um impacto de custo e tempo nos projetos.
O que tem se notado, é o aumento de máquinas e equipamentos que conseguem identificar problemas no setor de segurança, para eliminar possíveis ameaças. Os EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) tem recebido grande inovação, com botas que se conectam a Wi-Fi e que alertam se um profissional caiu. As “mulas” que transportam material perigoso ou mais pesado.
Há robôs que montam andaimes, e empilham tijolos de maneira autônoma. Fones de ouvido que reduzem efetivamente ruídos prejudiciais, mantendo os colaboradores atentos ao ambiente que atuam. Já vemos em alguns setores, robôs que substituem quase 100% do trabalho de um profissional, inclusive tomando decisões porque decifram e interpretam dados que descobrem, quando não acionados.
Outro componente que vem se destacando muito e ganhando confiança, são as impressoras 3D, porque trazem o benefício de reduzir os acidentes que tem no risco de transporte. Mais um item de destaque são os sensores de ruído, vento e calor nos locais da construção, identificam e alertam emergência ou risco de desastre natural.
A tecnologia na construção, mais especificamente as inovações que aumentam a eficiência, será um dos diferenciais para incorporadores e construtores nos próximos anos. Com a pandemia, haverá uma dependência crescente de tecnologia na construção, mostraremos alguns itens de tecnologia que recebe um aumento de popularidade.
Contratos inteligentes oferecem as empresas de construção, um sistema compartilhado de fazer negócios. A tecnologia “blockchain”, fornece um fluxo de trabalho rápido e seguro, porque compartilha com todos envolvidos os dados como: produtividade (de maneira mais sofisticada) o controle de compra, acompanhamento e pagamento dos serviços.
Além de evitar que se obtenha um contrato, que tenha de rastrear entregas de partes independentes, faz com que as empresas obtenham contatos inteligentes como: sistema de rastreamento ponto a ponto, a tecnologia “blockchain” também impõe regras e prazos bem definidos.
Isso possibilitará entregas mais rápidas e uma cadeia de suprimentos automatizada, que ofereça maior segurança e melhor rastreamento dos projetos.
Uma das tendências de crescimento mais rápido, na indústria de construção com aumento de 239% ao ano é o uso de “drone”. Essa tecnologia fornece a área de empreendimentos comercias ou imobiliários, muito mais do que apenas belas fotografias.
São utilizados para mapear grandes áreas com longas distâncias com rapidez, e produz um mapeamento muito mais valioso, porque produz mapas aéreos de calor com imagens térmicas. O “software” do “drone” ainda armazena dados que podem ser acessados em temo real, e agiliza o processo de construção e também auxilia muito, na tomada de decisões mais rápida.
Outra excelente utilidade do “drone” é na área de segurança pessoal, e também no auxílio para evitar a perda de equipamentos, que continuam sendo um dos maiores passivos numa obra. “Drones” podem ser usados no lugar dos trabalhadores para: evitar ferimentos graves como quedas em locais de difícil acesso, escalonamento de estruturas menores.
Podem ser úteis como ferramenta de segurança, para mitigar risco de roubos, ajudando a manter o cronograma de construção no prazo. Futuramente, “drones” serão utilizados de maneira mais avançada, no monitoramento de depreciação de equipamento e associado à IA na organização no movimento de cargas.
Até o final da década, o mercado global AR está estimado em mais de US $1,2 trilhões. Para o cliente a AR traz eficiência, a visão e posicionamento antecipado do projeto, aproxima do resultado esperado, beneficiando potenciais compradores ou inquilinos.
Para incorporadores, construtores e desenvolvedores, o AR facilita o uso de vídeo de 360 graus que permite:
Visualização 3D do projeto futuro no ambiente desejado.
Possibilidade de medir, edifícios e qualquer construção automatizadamente.
Acesso a uma simulação rápida de mudanças arquitetônicas e estruturais, ao surgir uma ideia repentina.
Simular possíveis situações de risco, possibilitando o treinamento de profissionais de segurança.
O BIM (Building Information Modeling) modelo da informação da construção, essa tecnologia tem ajudado engenheiros, construtores e líderes do setor a se destacarem com maior eficiência. Este processo facilita a renderização (aplicação de texturas nos materiais de acabamento) de um modelo tridimensional.
Também facilita o gerenciamento desses modelos e seu compartilhamento de dados, permitindo uma pré-fabricação de peças ou outros itens da construção, com precisão e eficiência no prazo. A Autodesk definiu como “um processo inteligente, baseado em num modelo 3D”, que ajuda e muito profissionais gerenciar toda infraestrutura, dos mais variados tipos de construção.
Nos últimos anos há um grande aumento na demanda por mão de obra, tem se tornado uma tendência muito forte. É uma mão de obra cara e competitiva, porque se exige muita qualidade desse tipo de profissional, mesmo com as tecnologias robotizadas que os substituem.
A área de construção sempre precisará de trabalhadores bem qualificados, para gerenciar e interpretar os dados produzidos pela nova tecnologia, apesar dos melhores esforços dos robôs. Dados gerados e produzidos por qualquer tecnologia, sempre terão de ser analisados, interpretados e verificados por esses profissionais.
As mulheres estão ocupando cargos mais competitivos, também nessa área. Alguns dados nos informam que as mulheres ocupam apenas 10,9% dos empregos, mas essa tendência de contratação na indústria de construção tem crescido 94% de 2007 a 2018. E também 30% das empresas de construção promoveu uma mulher a um cargo sênior em 2018.
A indústria de construção tem como alvo também a Geração Z, nascida entre 1995 e 2010, em seu recrutamento. Com a COVID-19 houve uma mudança nos comportamentos e atitudes em relação às opções de educação e resultou em um aumento de ações positivas na escola profissionalizante.
As empresas tiveram que se posicionar, para mostrar o potencial de crescimento da área e suas oportunidades, com carreiras bem interessantes de se experimentar inclusive com novas tecnologias.